terça-feira, 1 de outubro de 2013

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Artigo Sincrônia e Diacrônia

Artigo Sincrônia e Diacrônia


Análise sincrônica e diacrônica dos apartamentos dos designs: José Roberto Moreira do Valle e Jorge Elias



Autores

Alessandra Pantaleão Dirscherl - alepantadir@hotmail.com

Fernanda Vilela Martins Parreira - fernandavmp@yahoo.com.br

Jéssika Fernandes Parreira - jessika_parreira@hotmail.com

Luanny Silva de Souza - luanny_souza@hotmail.com

Paula Barcelos Vasconcellos - paulab_v@hotmail.com


 Resumo

O presente trabalho apresenta uma análise dos conceitos linguísticos diacrônicos e sincrônicos segundo o pensamento de Ferdinand de Saussure. Tem por objetivo aplicar os mesmos conceitos na análise de dois apartamentos distintos, referências em matéria de arquitetura e design, e que apresentam diferentes conceitos e relações históricas que opõe um ao outro.

Palavras-chave:

Sincrônico, diacrônico, arquitetura, design


Synchronic and diachronic analysis of the apartments designs: José Roberto Moreira's Valleand Jorge Elias



 Autores

Alessandra Pantaleão Dirscherl - alepantadir@hotmail.com

Fernanda Vilela Martins Parreira - fernandavmp@yahoo.com.br

Jéssika Fernandes Parreira - jessika_parreira@hotmail.com

Luanny Silva de Souza - luanny_souza@hotmail.com

Paula Barcelos Vasconcellos - paulab_v@hotmail.com

Abstract 

This paper presents an analysis of the diachronic and synchronic linguistic concepts according to the thought of Ferdinand de Saussure. Aims to apply the same concepts in the analysis of two separate apartments, references in its architecture and design, and present different concepts and historical relations that opposes each other.

Keywords:

Synchronic, diachronic, architecture, design



1. Introdução


Ferdinand de Saussure foi um linguista que exerceu bastante influência na teoria da literatura, escreveu o livro “Curso de linguística geral”, no qual escreveu sobre sincrônica e diacrônia, ambos utilizados em seu livro para enfatizar uma visão sobre esses aspectos na questão linguística histórica. Neste trabalho, foram analisados dois apartamentos, um que se localiza em Buenos Aires do arquiteto Jorge Elias e o tríplex Higienópolis, São Paulo, de José Roberto Moreira do Valle, ambos de profissionais respeitados, mas que apresentam conceitos extremamente diferentes, cada qual lidando de um modo com conceitos linguísticos e históricos.

Assim, tendo como a referência as concepções sobre diacronia e sincronia expostas no livro, a análise do presente trabalho foi feita tendo como base esses conceitos linguísticos, relacionando-os à arquitetura e decoração desses apartamentos.


2.Referencial teórico-conceitual

          No texto de Ferdinand Saussure ele apresenta algumas definições importantes para poder analisar a diacrônia com a sincrônia. As primeiras explicações são referentes aos aspectos mais gerais, para assim poder compreender os aspectos específicos. A principal definição é a de linguística, pois ela é a constituição de toda a linguagem humana e tem por objetivo estudar a língua.

A língua é o produto social da faculdade de linguagem e também um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para usufruir dessa faculdade. Por definição ela é a parte social da linguagem, é externa ao individuo, e ela não pode ser modificada e nem criada por um só individuo e também ela só existe devido ao contrato existente entre os membros da comunidade. De maneira geral, a língua depende das pessoas para poder existir, mas as pessoas também dependem dela para poder comunicar. A mesma questão de dependência acontece com a fala, pois por mais que o som seja um problema secundário na questão da linguagem, mas ela é importante para o estabelecimento da língua. A fala é um instrumento criado e fornecido pela coletividade e é importante para a propagação da língua. “A língua é necessária para que a fala seja inteligível e produza todos os seus efeitos; mas esta é necessária para que a língua se estabeleça, historicamente, o fato da fala vem sempre antes.” (SAUSSURE, FERDINAND, p. 27)

Assim, podemos entrar em duas definições importantes, a linguística sincrônica e a linguística diacrônica.  As duas estão atreladas ao tempo e a mudança realizada ou em um espaço de tempo ou ao longo de vários.

A linguística sincrônica é composta por todos fatores constitutivo de todo estado da língua. Nela pertence tudo o que podemos de chamar de “gramática geral”, pois somente o estado da língua pode ser estabelecido as diferentes relações da gramática.

Ela é um aspecto estático, mas não algo parado no tempo, mas sim um período, só que as modificações nesse ponto são mínimas. Possui somente uma perspectiva, que são as das pessoas que falam e é regular. Uni todos os termos coexistentes percebidos pela consciência coletiva.

Para poder entender a linguagem diacrônica tem a seguinte frase do texto “o começo e o fim de uma época são geralmente marcados por alguma revolução mais ou menos brusca, que tende a modificar o estado de coisas estabelecido. “ (SAUSSURE, Ferdinand, p.). O que entende por essa frase é que para o começo e o fim de um tempo tem revoluções significativas, o que não se enquadra com a sincrônica pois essa s mudanças são mínimas. Assim, as revoluções pertencem ao diacrônico, pois esse é um aspecto histórico, são mudanças significativas e que não podem conviver simultaneamente.  A linguística diacrônica são termos sucessivos que substituem uns aos outros no tempo, são “não gramaticais” e os termos sucessivos são percebidos com facilidade. Possui duas perspectivas, uma prospectiva, que acompanha o curso do tempo, e outra retrospectiva que faz o mesmo em sentido contrário.

De maneira geral temos que o domínio diacrônico estuda a mudança e o sincrônico examina as consequências. A mudança do diacrônico é muita e a do sincrônico é muito pouco

Relacionando com a arquitetura, podemos analisar pelos tempos e estilos da arquitetura. Por exemplo, o Renascimento, o Barroco, o Rococó eram sincrônicos ao tempo deles, mas são diacrônicos em relação a história. Pois, dentro de cada um deles durante os anos tiveram mudanças significativas, mas eram pequenas, mas quando essas mudanças se tornavam significativas e começavam a substituir uma a outra no tempo, podemos ver elas como diacrônica, pois hoje ao relembrar delas é um fator de retrospectiva.


3. Materiais e métodos

             As análises dos apartamentos foram feitas a partir da revista “Vogue”, em duas edições diferentes, ambas retratando as características arquitetônicas e de design dos dois apartamentos, assim como sites dos designers e entrevistas publicadas em outras revistas. Também utilizamos como referência o texto de Ferdinand Saussure como forma de melhor entender as definições de diacrônia e sincrônia.


4. Discussão e análise dos resultados

4.1 Apartamento Buenos Aires - Jorge Elias

             Nascido em Ituverava, interior de São Paulo, se formou em 1981, pela Faculdade de Arquitetura Brás Cubas em Mogi das Cruzes. Também estudou História da Arte, Arquitetura e Mobiliário na Universidade de Roma durante 2 anos. 

Jorge Elias trabalha com arquitetura e decoração há 28 anos. Tem um extenso currículo de participação em mostras de decoração nacionais e internacionais, além de diversos trabalhos publicados em revistas nacionais e internacionais, bem como em livros. Tem realizado inúmeros projetos residenciais, comerciais e exposições museológicas.Tem como principais obras o Restaurante O Leopolldo, Daslu, Empório Santa Maria, além de dezenas de casas, apartamentos e exposições que reproduzem seu estilo clássico.

A formação do mesmo já evidencia o gosto do arquiteto pela arte e pela história, principalmente do período do século XIX. Jorge Elias, inclusive afirma:


“Minha inspiração é a vida, minhas viagens, meus museus, meus amigos, o glamour que já está quase morrendo, e que eu ainda sou um sobrevivente dessa época que tudo era um grande prazer, e que a educação valia mais que tudo, infelizmente o mundo está mudando, pra pior…”

(2013. Vale a pena ver de novo: Bate papo com Jorge Elias).


O apartamento é localizado em Buenos Aires. Segundo o arquiteto, ele gosta de viajar para a Europa, mas alega que o tempo é curto, resolvendo assim comprar o apartamento em Buenos Aires que, para ele, é um pedaço da Europa na América. Isso reforça a afinidade do arquiteto para com os períodos mais clássicos da história, e a certa rejeição que tem para com os tempos modernos.

O luxuoso apartamento, destinado apenas a parentes e amigos íntimos, apresenta o requinte  e repertório clássico característicos do arquiteto. Seu interior apresenta uma composição de elementos que remetem ao período eclético, e sua decoração - mobiliário, pintura, quadros, espelho, relógios, e demais elementos -  é voltada para o século XVIII e não contém praticamente nenhuma peça contemporânea, a não ser um telefone.

Seu interior dá a impressão de um ambiente parado no tempo, em pleno século XVIII. Isso reforça o apreço e valorização que o arquiteto tem pelo período eclético, e a rejeição que o mesmo tem para com a contemporaneidade, evitando ao máximo os elementos contemporâneos.      

Se torna um ambiente extremamente seletivo,  no aspecto intelectual, emocional e físico, pois requer se a pessoa não compreende há época que o apartamento remete, dificilmente entrara no espirito do design oferecido, sendo assim  suas sensações  serão mais superficiais.

A espacialidade do apartamento remete à um estilo de vida que foge à dinâmica da vida contemporânea, apresentando espaços segmentados e com funções definidas, que contemplam a conformação dos apartamentos antigos. Isso também pode estar relacionar ao fato de que o morador não utiliza o espaço diariamente, mas sim de tempos em tempos quando vai à Buenos Aires, portanto o apartamento não necessariamente deve acompanhar uma rotina diária.

Entretanto, apesar dessa “volta no tempo” que o arquiteto deixa evidente em seus projetos, e nesse apartamento principalmente, no seu quarto é possível perceber um pouco mais de “contemporaneidade”, dando destaque para a presença de uma luminária que destoa de todo o resto. Isso de certa forma representa o fato de que o autor não pode evitar a todo tempo as mudanças e adaptações às quais somos sujeitos durante os tempos atuais (como equipamentos eletrônicos, etc). Talvez seja por isso que o quarto, por ser um local de maior estadia, apresente um caráter um pouco mais destoante dos outros cômodos.



4.2  Apartamento Tríplex de José Moreira Valle

           O José Roberto Moreira do Vallle, banqueteiro e decorador, transformou totalmente um tríplex dos anos 50, além de refazer toda a espacialidade do apartamento deixando apenas algumas paredes do original, ele também decorou o apartamento com elementos que em sua maioria resgatam a casa brasileira dos anos 50 e 60.

O apartamento é formado por um duplex que foi primeiramente adquirido pelo decorador e logo depois foi adquirido mais uma unidade transformando assim o apartamento em um tríplex de 700 m². O apartamento é composto por, no primeiro pavimento há um salão que se abre para um grande living integrado com a sala de jantar e a cozinha gourmet, mais uma cozinha de serviço e a lavanderia, um lavabo e duas suítes, já no segundo pavimento, estão um salão com terraço, a adega, uma cozinha para o café da manhã e uma suíte, e finalmente no terceiro, um grande terraço em parte coberto, um banheiro e mais uma cozinha chamada “espaço grill”.

Trata-se de um local onde ele combina arte, coleciona objetos e intercala com a decoração. O apartamento é basicamente um acervo dessas obras, já que os objetos que o compõem são uma mistura que remete desde a antiguidade a objetos contemporâneos. Apesar da mistura de diferentes épocas, a composição e a própria arquitetura do local remetem a um ambiente moderno, analisando como conjunto.

Observamos misturas de peças de várias épocas, por exemplo, ele combina no mesmo espaço cadeiras francesas do século XVIII com o banco Cake com bichos de pelúcia dos Irmãos Campana. Há no apartamento fotos dos brasileiros, Mario Cravo Neto, Claudio Edinger e Caio Reisewitz e de estrangeiros como Pierre Verger.Os ambientes acolhem basicamente antiguidades, peças de design assinado, arte brasileira moderna, como a dos concretistas Barsotti, Charoux e Sergio Camargo, e contemporânea, de Ascânio, Adriana Varejão e Macaparana (no teto, uma escultura).O mobiliário une desde os sofás-estrelas do design italiano, de couro, até peças que são ícones nacionais, como biombos, pufe e poltrona dos irmãos Campana. E se misturam a uma rigorosa seleção vintage: poltronas e mesa de Scapinelli, sofá de Dinucci, lustres gêmeos da Venini sobre a mesa de jantar e muito mais.

            Pode-se perceber que as características do apartamento remetem a um estilo de vida do dono, contemporâneo, que é refletido na decoração do apartamento. A espacialidade também reflete esse estilo de vida, já que são dispostos no apartamento 4 cozinhas - para café da manhã, espaço grill, cozinha de serviço e cozinha gourmet. Isto reflete o dia-a-dia do dono, já que além de decorador ele também trabalha com gastronomia, sendo dono de um buffet, gosto herdado do pai que era dono de restaurante.

Apesar de a imagem total passada pelo apartamento de moderno e contemporâneo, o decorador não abandona outros estilos, e sim faz uma mescla deles mostrando que tanto o que está sendo produzido hoje tem sua importância e seu peso como objeto de arte e também o que já foi produzido antes do moderno tem seu peso na história.


“Por conta das coleções, é uma decoração cheia. Mas, nela, procuro não ditar regras nem definir um estilo. E, sim, fazer um todo harmônico e gostoso, com design e peças antigas, em que tudo conversa entre si”

José Roberto Moreira do Valle.


5. Considerações finais

            O que se pode perceber pela análise dos dois apartamentos é que eles refletem as características pessoais de cada dono, mostram nos apartamentos o que eles acreditam como estilo de vida, como por exemplo, no apartamento de Jorge Elias, em que ele se mostra saudosista por uma época em que ele julga como sendo o auge da sociedade, e mostra seu anseio de continuar vivendo nessa época a partir da decoração de seu apartamento. Já José Valle se mostra mais aberto às artes de todas as épocas, dispondo em seu apartamento vários itens de épocas diferentes que formam um todo moderno, ao contrario do primeiro não repudia a arte de outras épocas e sim vê a importância de cada uma na formação do que se tem hoje.

6. Referências


SAUSSURE, Ferdinand de. Curso de Linguística Geral, 15ed. São Paulo: Ctrix, 1989, p. 7-28, 117-118, 163-166.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

ARTIGO: Diálogo Desenho – “O Homem Vitruviano”

Apresentação no slideshare:



Artigo no slideshare:


ARTIGO: Diálogo Desenho – “O Homem Vitruviano” from vilelafernanda


Artigo abaixo:
Análise da exposição
“Diálogo Desenho: O Homem Vitruviano”
 (Analysis of the exhibition “Dialogue Design: The Vitruvian Man)
 Autores
Alessandra Pantaleão Dirscherl – alepantadir@hotmail.com
Fernanda Vilela Martins Parreira – fernandavmp@yahoo.com.br
Jéssika Fernandes Parreira – jessika_parreira@hotmail.com
Luanny Silva de Souza – luanny_souza@hotmail.com
Paula Barcellos Vasconcelos – paulab_v@hotmail.com
Resumo
O artigo consiste em uma descrição e uma análise da performance da obra “Homem Vitruviano”, feito pelo grupo Empreza de Goiás que foi realizado no Museu Universitário de Arte (MUnA), está análise deriva de um seminário apresentado na matéria de análise da forma da faculdade de arquitetura e urbanismo da UFU. Uma obra que compõe o projeto, Diálogo Desenho, que pretende reunir obras de artistas de Goiás. Para análise dessa obra foi relatado as percepções que se tem da obra ao vê-la, sem saber do que se tratava inicialmente, de caráter mais empírico e uma análise mais aprofundada baseada na relação com o texto “A informação estética e a outra” de Teixeira Coelho.
Palavras-chave: Homem Vitruviano, performance, imperfeição, materialidade, essência
Abstract
The article consists of a description and analysis about the performance of the work “Vitruvian Man”, made by the Group Empreza Goiás which was made at the University Museum of Art (MUNA), is derived from analysis of a seminar presented in the “analysis of the shape” of college of architecture and urbanism of the UFU. A work that makes up a project, Dialogue Design, that aims to bring together works by artists from Goiás. For analysis of this work was reported perceptions of the work that has to see it, without knowing what it was initially, of a more empirical and further analysis based on its relation with the text “the aesthetic information and others” of Teixiera Coelho.
Keywords: Vitruvian man, Performance, imperfection, materiality, essence

1. Introdução
A performance do “Homem Vitruviano”, no Museu Universitário de Arte, foi realizada pelo Grupo Empreza, de Goiânia – GO, juntamente com mais nove artista compõe um trabalho chamado “Diálogo Desenho”, que visa expor trabalhos de artistas de Goiás. Os trabalhos como um todo tem o intuito de promover estratégias, diálogos e discussões do desenho na atualidade. A performance que dá origem a obra foi feita da seguinte maneira, os artistas, um homem e outras duas pessoas, o homem com roupas sociais primeiro se despe, deixa as roupas de lado e se coloca contra a parede de forma que quando um foco de luz se coloca nele uma projeção de seu corpo se forma na parede, a partir disso as outras duas pessoas, também vestidas com traje social se aproximam e cortam o dedo do homem e com o sangue que dele desenham o contorno do mesmo a partir da sombra que se projeta na parede, assim deixam marcado a sangue na parede o contorno da projeção que por sua vez pertence ao homem.
Os próprios artistas descrevem a performance como uma forma de questionar o que é imposto pela sociedade para os indivíduos, que é o que a sociedade e a mídia divulgam como sendo a perfeição, o que eles contestam é essa questão do homem perfeito, que é o homem vitruviano de Leonardo Da Vinci, já que Leonardo Da Vinci coloca o homem com as medidas do corpo de acordo com uma proporção áurea que seria a ideal para os conceitos da época que vivia, o mais adequado e atraente aos olhos.
2. Referencial teórico-conceitual
O texto de João Teixeira Coelho Netto trata de um problema pertinente, a diferenciação entre o conhecimento estético e o semântico. Como o próprio autor trata no texto, não existe uma separação nítida entre os dois, mas pode distingui-los de maneira geral. A informação semântica seria o conhecimento pela razão, previamente codificado. Já a informação estética seria o conhecimento pelos sentidos, emocional, que pode pretender significar. Assim, uma obra de arte transmite algo e ela esta atribuida a uma informação estética.
De acordo com João Teixeira Coelho Netto, a necessidade do homem em se expressar é tão importante quanto às outras. Como muitas obras pretendem passar o sentimento do artista, ela pode ter significados obscuros ou claros (COELHO NETTO, 2011), ou seja, que seu significado pode ser algo mais claro e de fácil apreensão do observador, ou algo mais difícil de entender, necessitando de uma análise mais profunda.
A primeira impressão do grupo, ao se deparar com a obra, foi a lembrança do homem vitruviano, em razão da posição dos braços pintados na parede. Ao olhar mais de perto, percebe-se que os traços feitos não são contínuos, se assemelhando com desenhos e traços infantis.
Obras de arte permitem que a cada vez que a olhamos atentamente seja possível abstrair algo novo, “Já a informação estética não é passível desse esgotamento. Quanto maior for a taxa de informação de uma mensagem estética, mais variadas serão as abordagens por ela permitidas” (COELHO TEIXEIRA, 2011, p. 171). Assim, a informação estética pode ter variação quanto a seus receptores, como também pode variar para um mesmo receptor em momentos diferentes de sua vida.
Outra questão fundamental é que na informação estética o conhecimento prévio não atrapalha na transmissão de sua mensagem, somente contribui para um maior rendimento. Devido a isso, uma obra de arte pode carregar consigo diferentes entendimentos, quanto mais informação acrescentada pelo artista maior será a compreensão do observador.
Vale também ressaltar a relação dos códigos particulares, pois uma informação semântica pode ser facilmente traduzida de um código para outro, mas a informação estética não é cabível dessa tradução plena, pois nela contém especificidade do seu código e do código particular de cada pessoa que interpretará essa informação.
3. Materiais e métodos
O que se pretende analisar é a obra (O Homem Vitruviano) que se resultou da performance, por essa razão ela foi analisada pessoalmente no MUnA e consequentemente, foram feito registros fotográficos para serem também analisados posteriormente. Tem-se também como base o texto de João Teixeira Coelho Neto, como forma de melhor embasar a compreensão dos vários significados a serem transmitidos pela obra, relacionando-os com os aspectos semânticos e estéticos discutidos pelo autor.
Ou seja, de modo geral, a análise desse trabalho tem por método a utilização de referências textuais e recursos gráficos para extrair todas as possíveis informações e interpretações relacionadas à performance e ao que se resultou dela.
4. Discussão e análise dos resultados
A partir da abordagem sobre o homem vitruviano, o grupo refaz o desenho ideal, com o sangue do artista, das proporções áureas, a partir do corpo humano contemporâneo, mostrando que diferente dessas proporções ideais e do padrão que a sociedade impõe como perfeito, todo ser humano tem suas imperfeições. Então, essa performance contesta os padrões ideias da atualidade.
O corpo com medidas perfeitas agora são contestadas, e os riscos do sangue dos artistas mostram os contornos, as dimensões e as formas desse homem imperfeito que somos.
Ao final da performance, o artista sai nu, deixando suas roupas para trás, mostrando sua naturalidade e abandono da materialidade, o que pode-se deduzir que, o que realmente importa é a essência do ser.
O uso do sangue em si também representa esse caráter  individual, pois o sangue é um elemento intrínseco a cada um, nele carregamos nossa essência e particularidades que nos diferem de qualquer outro ser humano.
A obra não só discute às questões relacionada à perfeição em si, mas também simboliza (com a realização dos cortes nos dedos e uso desse sangue) a dor e o sofrimento existentes nesse processo de busca pela perfeição e/ou libertação desses padrões, exemplificando através desse ato todas as formas mais pessoais de desconforto ou sofrimento sofrido pelas pessoas perante uma sociedade regida por padrões pré-estabelecidos.
Vale também analisar a forma como o artista transmite essa discussão, pois através de uma performance física ele consegue provocar estranheza e uma experiência de certa forma “sensorial” resultante do processo de marcar sua sombra na parede com o sangue obtido com o corte de seus dedos. Nisso entra-se em mais uma reflexão sobre a compaixão que acaba sendo direcionada ao mesmo devido à situação ao qual ele é exposto, o que podemos relacionar com as relações que as pessoas acabam estabelecendo com as outras diante de uma situação de sofrimento.
5. Considerações finais
Esta obra permite imensos significados, tanto para os que assistiram à realização da performance, quanto para os que se depararam apenas com a figura na parede resultante dela. E, assim como discute Coelho Teixeira, o próprio título da obra – “O Homem Vitruviano” – amplia o leque possível de interpretações, pois se relaciona a um elemento já existente e de caráter conceitual extremamente forte e relevante.
Com a análise dessa obra, percebe-se a intenção dos autores em discutir e questionar a busca pela perfeição ao associar a projeção da parede à um símbolo do ideal de beleza e proporções perfeitas, e o sofrimento existente para atingí-la ao usar o sangue como forma de registrar as formas desse homem “imperfeito”. Compreende-se como uma reflexão do que se é imposto pela sociedade e como o indivíduo se coloca diante disso, tendo no sofrimento a busca pela sua libertação e alcance de uma existência mais plena.
6. Referências
COELHO NETTO, João Teixeira. A informação estética e a outra..In: Semiótica, Informação e Comunicação: diagrama da teoria do signo. Ed. São Paulo: Perspectiva, 2011.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Apresentação de APO

Apresentação no ISSUU:
http://issuu.com/fernandavilela/docs/ateli___apo_final

Apresentação no slideshare (possível de fazer download pelo site do slideshare):




Relatório APO

Relatório no slideshare ( possível fazer download pelo site do slideshare):


Relatório da Visita de APO from vilelafernanda

Relatório somente a parte escrita:

A avaliação de pós-ocupação foi realizada no dia 14 de junho, no Residencial São Jorge I, localizado no Bairro Laranjeiras entre as ruas Antônio Bernardes Costa e Wilson Cunha. O grupo, responsável pelo bloco D, entrevistou moradores de três apartamentos diferentes dentro do período de 14:30 às 16:00 em uma tarde de céu azul.
O bloco, com formato em “H”, possui 4 pavimentos com 4 apartamentos por andar, formando um total de 16 apartamentos. Dentre eles os apartamentos inseridos no questionário são um do terceiro andar e dois do quarto andar, identificados como aptos 01, 02 e 03. Os aptos 01 e 03 possuem orientação nordeste, enquanto o 01 possui orientação sudeste.
O primeiro apartamento – Apto 01 – era composto por uma família nuclear de 3 moradores (pai, mãe e filho). O entrevistado era homem, de 20 a 30 anos, possuía Ensino Médio completo e trabalhava como vigilante. Ele e a esposa trabalham fora, obtendo uma renda de mais de R$1.200,00 por mês. Antes de possuírem o imóvel próprio no Residencial, moravam em uma casa alugada no bairro Jardim Patrícia.
O Apto 02 também era composto por três moradores, sendo nesse caso uma família nuclear expandida (mãe, filho e avó). A entrevistada era uma mulher idosa, de 75 anos, aposentada e com 4ª série completa. A renda mensal dos moradores é acima de R$1.200,00 e o apartamento é próprio, estando no nome da filha. Segundo a moradora, a mesma morou anteriormemente no bairro São Gabriel em casa própria (no nome dela).
O apto 03 é o que apresenta a maior família, caracterizado por uma família nuclear composta por 5 membros (pai, mãe e três filhos). A entrevistada é mulher, de 36 anos, e está cursando a sexta-série. Possuem uma renda acima de R$1.200,00, com o marido trabalhando fora e ela cuidando da casa. Moravam em coabitação nos fundos da casa da sogra, no Jardim Ipanema. Apesar do imóvel atual ser próprio, a moradora já tem planos para vendê-lo e conseguir um apartamento maior.
O conjunto conta com elementos externos que se resumem a um parquinho, uma quadra, área de circulação e de estacionamento.  Os elementos não são tão bem implantados, e os espaços residuais acabam atrapalhando em vez de auxiliar.  Todos os entrevistados tem consciência da existência dessa área de lazer no edifício, entretanto, apenas nos aptos 02 e 03 é que os moradores afirmaram que utilizam esses elementos.
Como principais sugestões para aprimoramento desse espaço os moradores sugeriram outras áreas de lazer e outros elementos dos quais eles sentem falta e/ou poderiam ser uteis, como, por exemplo, praça verde, equipamentos de ginastica, e churrasqueira/salão de festas.
Nesse local, quando se trata dos meios de transporte as respostas também variam de morador para morador. No apto 01 o casal possui um carro e uma moto próprios, não fazendo uso do transporte público. Se localizam próximos aos locais de seus respectivos trabalhos, portanto a locomoção não chega ser um problema pra eles. Já no apto 02 a proprietária utiliza apenas o transporte público, tendo então que depender dele independente da sua eficiência ou não. No apto 03 os moradores também fazem uso do transporte público e da bicicleta como forma de locomoção. O marido trabalha longe, mas a empresa vem buscá-lo para o trabalho e a entrevistada afirma que há escolas de boa educação nos arredores, o que, para ela, facilita a locomoção.
A partir da entrevista feita com os moradores foi possível identificar fatores relacionados aos equipamentos públicos oferecidos pela cidade, que os próprios julgam adequadas ou não. Primeiramente foi perguntado sobre cinco equipamentos públicos relacionados ao bairro que estavam inseridos, que são o transporte público, saúde, educação, cultura e lazer. Levando em conta a observação sobre o bairro dos entrevistadores e também da condição social e de bem estar de morador pode se perceber que em relação aos transportes públicos os moradores que mal utilizam dele para o apoio nas tarefas diárias como o apartamento 3, onde o transporte para o trabalho é feito pela empregador, já no apartamento 1, onde não é usado o transporte publico, pela razão de os moradores possuírem carro próprio julgaram insatisfatório, pela razão de outras experiências que ouviram do que das pessoais.
Foi percebido que os moradores do apartamento 1 tem um nível de critica quando aos equipamentos maior do que os dos outros moradores, isso pode ocorrer devido ao nível de escolaridade, a melhor condição de vida dos mesmos e as condições passadas de vida. Isso pode ser percebido quanto às respostas sobre saúde e educação também, já que apenas eles julgam insatisfatórios esses tópicos, os outros moradores julgam na maioria boa já que há posto de saúde e hospital na localidade do conjunto habitacional.
Já quanto a tópicos como cultura e lazer foi unanime a resposta que se obteve, a insatisfação foi clara já que não há nada relacionado nas proximidades do condomínio, o que mais se aproxima é o centro esportivo, mas que foi relatado como local de uso apenas pelos moradores do apartamento 1, os moradores julgaram que essas atividades apenas acontecem longe da localidade onde vivem, mais na centralidade da cidade ou em locais de maior renda, assim utilizam-na apenas poucas vezes ao ano, como um caso citado por um morador, o parque do sábia.
Com relação a aspectos que envolvem o bairro onde está situado o conjunto habitacional pode se perceber que as respostas se dão de uma forma mais homogênea entre os entrevistados. Quanto as impressões do bairro as respostas foram de “muito feliz” a “médio”, isso pode se perceber já que as necessidades do dia-a-dia são supridas em teoria pelo bairro, já que o mesmo é munido de vários comércios,  escolas, hospitais, todos estes situados a uma distancia pequena do conjunto habitacional. Também, por o bairro suprir essas necessidades todos os moradores se sentem incluídos na cidade, tendo assim uma localização boa, já que não precisam se deslocar grandes distâncias. Em relação a aparência do bairro e o bem estar julgam positivamente, isso possivelmente se deve pelo fato de que o bairro oferece o que se é necessário para o dia-a-dia, já em relação o manutenção julgam de negativamente a médio, o que contradiz a resposta dada para a aparência levando em conta que esses dois tópicos estão intimamente ligados, a contradição ocorre possivelmente pela relação sentimental que levaram em conta na resposta da aparência e pelo que realmente vem no bairro quanto a manutenção sendo que um dos moradores ainda citou que envolta do conjunto os terrenos e calçadas não são cuidados, além de fazerem comparações com outras construções mais bem acabadas do que a que moram.
Em relação ao apartamento foi perguntado sobre a localidade perante a cidade, a proximidade do trabalho, equipamentos e serviços, e as respostas foram em maioria positiva, isso se deve novamente ao fato de o bairro oferecem bastante recursos aos moradores em termos de necessidades diárias, apenas no apartamento 3 foi respondido que a distancia do trabalho era grande, pois o uso do transporte público e grande e leva tempo para alcançar as distancia entre trabalho e moradia. Já quanto a segurança do apartamento foi verificado respostas diferentes, o apartamento 1 e 2 responderam que há segurança, mesmo relatando casos de vizinhos que achavam inapropriados, já o morador do apartamento 3 relatou casos de furto dentro do condomínio, julgando assim “pouco segura”.
Como dito anteriormente o conjunto é composto por 11 blocos que estão dispostos de forma alinhada, essa disposição gera espaços e circulações que foram perguntadas aos moradores a respeito das mesmas. Quanto a localização do bloco no conjunto a resposta foi unanime de “bem localizado”, já quanto a aparência desse trajeto feito por eles de seus apartamentos a rua ou vice versa, foi obtido respostas diferentes nos três casos, apenas o apartamento 2 respondeu como bonito o caminho que percorre, a resposta se deve muito pelo fato da condição de moradia anterior do morador, como citado pelo próprio, que morava em condições precárias durante a maior parte de sua vida, isso também influenciou boa parte das respostas dadas por este morador. O caso do tópico dimensão foi observado o mesmo padrão de respostas que a aparência, e o apartamento 3 mantêm, a resposta negativa quanto ao tópico.
Pode-se perceber que os moradores do condomínio que possuem carro, não se importam diretamente com as questões de acessos já que o carro possibilita uma facilidade maior de acesso, pode-se ver também que os acessos estão concentrados tanto de pedestre como de veículos.
Em relação a aparência externa dos edíficios, dois dos três entrevistados consideram feia. Após a senhora de idade do apartamento 2 ter contado sua história de vida, entendemos seu ponto de vista em achar tudo bonito no edifício e em seu apartamento. Ela relatou que nasceu e cresceu em cidade pequena, e que só havia escola pública até a 4ª série do ensino fundamental. Por isso, passou a maior parte da vida trabalhando e por muito tempo de doméstica. Aposentou recentemente, e agora vive no apartamento comprado pela filha, juntamente com ela e com o neto. Durante o dia, cuida da bisneta com menos de um ano. Acreditamos que se a entrevista tivesse sido feita com a filha, proprietária da casa, com certeza teríamos diferentes respostas às estas questões.
Os proprietários dos apartamentos 1 e 3, consideram de péssima qualidade os materiais de construção e de acabamento utilizados tanto no edificio em geral, quanto no interior de suas moradias. Diferentemente da resposta da questão anterior, a aposentada já afirma que é de média qualidade os materiais utilizados, ou seja, mesmo com pouco estudo e vivências humildes, ela percebe que poderiam ter uma melhor qualidade de construção e acabamento.
Afinal, é visível a quantidade de rachaduras na construção de alvenaria estrutural, principalmente próximo às janelas e portas. As esquadrias expostas às intempéries, estão enferrujadas e com problemas de abrir e fechar. O corrimão da circulação vertical está todo descascado,  e muitos degraus estão irregulares, com pequenas inclinações nos azulejos mal colocados.
No apartamento 2, os equipamentos de hidraúlica originais da construção prevalecem: a pia sintética da cozinha, a pia do banheiro e o vaso sanitário. Já nos 1 e 3, a pia da cozinha foi trocada, inclusive a mulher do apartamento 3 relatou que a substituição foi inevitável, já que a pia original rachou no meio. No 3, além da pia da cozinha, a do banheiro também foi trocada, por uma cuba de vidro sobre uma bancada de granito.
A impressão dos moradores em relação aos seus próprios apartamentos é bem diversificada, como é o caso do tamanho geral deste, em que consideram de médio, pequeno a muito pequeno, respectivamente aos moradores do 1, 2 e 3. Nota-se que o perfil familiar e o numero de pessoas aumenta em cada caso de forma proporcional à insatisfação do tamanho. Os cômodos também receberam qualificações de beleza e tamanho. O entrevistador M, do apartamento 1, afirmou que em geral os cômodos são bem-divididos, mas são pequenos, com exceção da sala e dos quartos que possuem um tamanho médio, e para ele, somente os quartos possuem uma aparência média, todos os outros são muito feios. Já para L, a idosa do apartamento 2, todos os cômodos são bonitos e bem-divididos, mas com um médio tamanho.
Para S, do terceiro questionário, o apartamento possui uma divisão péssima e todos os cômodos são pequenos, com destaque especial à área de serviço que é muito pequena, já que ela lava as roupas de três filhos e do marido em casa. Para ela, todos os ambientes possuem uma aparência média.
Em conclusão, como impressão do grupo, notamos que as divisões de ambientes proposta no projeto não é totalmente seguida. Como por exemplo, a geladeira fica dentro da área de serviço, a mesa quando presente, na sala e entre outros. Isto porque os móveis na maioria dos casos, são de grandes tamanhos e não flexíveis e isto, somado à área minima destes cômodos de modelo tripartido, cria um espaço sem qualidade espacial, comprometendo a circulação e as atividades diárias dos moradores.
A falta de privacidade é um problema visível nesse conjunto, tanto para alguns moradores quanto para os visitantes. Os apartamentos térreos possuem janelas no mesmo nível que as pessoas que circulam pela área externa. Foi possível ver cozinhas e até banheiros desses apartamentos. Um caso interessante foi que em um deles existia uma cortina que separava a cozinha as sala, assim quem passa, vê somente os equipamentos da cozinha, bloqueando a vista para as áreas mais íntimas do apartamento.
Os moradores do apartamento 01 possuem certo desconforto quando se refere a privacidade em relação aos seus vizinhos. Eles colocaram filme preto na janela da sala, pois o vizinho pode ver o apartamento deles se a janela estiver aberta. No questionário eles colocaram privacidade média, a senhora do apartamento 02 colocou que há muita privacidade e a mulher do 03 colocou que existe uma privacidade razoável. Em relação à privacidade entre os moradores o casal do 01 e a mulher do 03 respondeu que existe uma privacidade razoável e a senhora do 02 disse que há muita privacidade. Por mais que o apartamento é totalmente dividido, não existe uma liberdade de circulação dentro dele, pois todos os cômodos são interligados com a sala. Na tabela de classificação da privacidade em relação aos cômodos, a mulher do 3 considera privacidade razoável para todos. A aposentada do 2 disse que há muita privacidade em todos. Já o casal do 1 disse que a sala, os quartos e o banheiro tem a privacidade mediana e a cozinha com a área de serviço já possuem uma privacidade razoável.
Uma preocupação do questionário era avaliar o conforto dos apartamentos, considerando a iluminação natural, a ventilação e a temperatura. A impressão obtida da visita é que nesse quesito os apartamentos são adequados para o clima da cidade, pois a ventilação cruzada permite uma boa circulação do ar e as janelas deixam entrar uma luz considerável. A avaliação apresentada pelos moradores também são satisfatória.  Em relação a iluminação natural foi apresentado pelos moradores do apartamento 1 e 3 que é bem iluminado, a moradora do 2 disse que é muito bem iluminada. A ventilação foi apresentada como Muito bem ventilada pelos moradores 1 e 2 e bem ventilada pela moradora 3. A temperatura no verão é agradável para o 1 e o 3, e muito agradável para a 2. Já no inverno a moradora do 1 disse que sente muito frio e precisa fechas as janelas, então foi respondido médio para o 1 e agradável para o 2 e o 3.
Em relação aos ruídos sonoros no geral foi apresentado silencioso. Mas foi notório por meio de conversas que no condomínio existe regras que impeçam os moradores de fazerem muito barulho. Alguns moradores disseram que a sindica fez regras que se algum apartamento for reclamado por causa de barulho os moradores terão que pagar uma multa equivalente ao valor do condomínio. A família do apartamento 1 falaram que durante a noite principalmente existe muito barulho externo devido as motos na avenida que esta localizado o UAI São Jorge. Assim, tirando a reclamação externa do apartamento 1 as outras respostas são referente ao fato de ser silencioso.
A preocupação pela decoração, a aparência do apartamento esta presente principalmente no primeiro apartamento. Devido ao fato de terem uma situação financeira melhor, o apartamento é todo mobiliado e decorado. Uma aparência composta por mobiliários novos e bons. Isso contribui para a adaptação da pessoa com o lugar. Assim, as respostas dele é de quem é bem decorado, identificando muito com ele e se adaptando muito a ele. Já a aposentada do 2, devido a sua história difícil, ela contou que quando a filha comprou o apartamento eles tiveram que comprar novos móveis, já que os dela já eram muitos velhos e desgastados. Mas, apesar de tudo ela considera que esta bem decorado, identificando e adaptando muito a ele. Já a moradora do 3 não se identifica com o apartamento e acha ele pouco decorado.
Certas atividades são necessárias serem feitas em casa, mas existe outras como trabalhar que nenhum dos entrevistados realizam em casa. No apartamento 01, o ato de lazer, estocar coisas, quartos, cozinha, lavar roupa e dormir são apropriados. Já o de descansar, tomar banho e comer são totalmente apropriados. Somente receber as pessoas e estudar estão mediano. O apartamento é muito pequeno pra poder ficar aparecendo parente ao mesmo tempo. A aposentada do 2 acredita que tudo é apropriado para os usos dos mesmo. Já no apartamento 3 ele só não é apropriado para lava roupa. Mas nesse apartamento é questionável o tamanho dos quartos já que são três filhos que dormem em um mesmo quarto. Assim atividades como estudar que são os três mais a mãe se torna uma situação bem complicada pois não tem espaço para todas. No geral todos os apartamentos são apropriados para as realizações das atividades básicas.
Por meio desses dados recolhidos tanto no momento de realização do questionário quanto depois analisando as repostas, podemos reconhecer vários problemas e entender que melhorias devem ser aplicadas nessas habitações de baixo custo.