domingo, 18 de dezembro de 2011

2.4 Fichamento

 Fichamento do texto: MONTANER, Josep - Abstração. In As Formas do Século XX. 



O texto começa introduzindo sobre a mudança de uma parte da arte e da arquitetura pela confiança racionalização e na sistemacidade das forças racionais, indo ao contrária as forças irracionais da imaginação e da criatividade.
O avanço da tecnologia permite que o processo inovador e intelectual seja a abstração, no qual impulsiona um dinamismo, uma mutabilidade nas artes, sendo totalmente oposta a tradição. Wilhelm Worringer definiu em seu livro Abstraktion und Einfühlung os dois polos que compõe a evolução da arte, que seria a abstração e o expressionismo. Assim, a busca pelas formas absolutas, as leis racionais e a trama imutável surgem essas duas características fundamentais para expressar o caos do panorama universal.  O artista moderno rompe com a subordinação a mimese da realidade, saindo da prisão das normas acadêmicas da representação. Platão, Aristóteles e Vitrúvios falavam da importância da mimese, seja para o conhecimento, seja para a arte, de forma que era a base para tudo. Rompendo com o ideal da mimese, a demonstração por meios de pontos, linhas e formas de cores na pintura compreendem o novo estilo dos artistas modernos. Essa consolidação do moderno só foi completada no século XX, com a decadência e a superação da arte clássica.
            Os avanços da ciência propiciou essa transformação da visão, sendo um desses avanços o de Albert Einstein que desenvolveu a teoria da relatividade especial e a geral, introduzindo o conceito de espaço-tempo. Também contribuiu para introduzir os diferentes pontos de vista do observador, observando os acontecimentos de diferentes ângulos. Com isso o novo grau de abstração introduziu o tempo na ciência, sendo esse um tempo relativo, como quarta dimensão e percepção. A arquitetura achou no século XX o seu conceito definidor, o espaço-tempo, que permitiu o espaço se libertar do tradicional, permitindo a fluidez, a expansão e a relação entre o exterior e o interior.
            A nova visão de László Moholy-Nagy sintetizou a corrente que havia confluído a Escola de Bauhaus. Definindo três estados básico da nova arte abstrata, sendo elas a superfície, o volume e as formas. A superfície corresponderia na predominância de matéria e a textura, as formas e as cores. Já o volume seriam as formas no espaço, os materiais encontrados e por fim, o espaço que corresponderia a síntese, sendo a matéria básica da arquitetura.
            A consolidação da arte abstrata gerou diferentes leis compositivas e também diferente correntes, sendo algumas delas, o cubismo, o neoplasticismo, p construtivismo e o suprematismo. Wassily Kandinsky, Piet Mondrian e Kazimir Malevitch conquistarão o abstracionismo na pintura, buscando um novo universo das formas abstratas, rompendo com a natureza, com as normas acadêmicas. Sintetizando a razão e a criatividade. Wassily Kandinsky em dois textos fundamentais, Do espiritual na arte e Ponto e linha sobre o plano marcaram uma evolução na estética expressionista, de uma sistematização de uma teoria abstrata do ponto e da linha, relacionados aos métodos de Bauhaus.
            Wassily Kandinsky, Piet Mondrian e Kazimir Malevitch influenciaram com suas pinturas a música, sendo um exemplo o músico Arnold Schönberg e Anton von Webern. Essa mudança na música começou com a liberação dos esquemas tonais no expressionismo. Começaram a fugir do natural, buscando pausas e silêncio. A abstração na música gerou também uma abstração na escrita de romance e peças.
            O neoplasticismo foi liderado por Piet Mondrian, Theo van Doesburg e Thomas Gerrit Rietveld, que trouxeram uma arte que possui facilidade em transmissão e compartilhamento. A pintura de Piet Mondrian foi destinada a formas geométricas, seguindo uma proporção, criando uma pintura harmônica e equilibrada, contendo formas retangulares de cores puras, sendo elas positivas (azul, vermelho e amarelo) e cores negativas (branco, cinza e preto). O individuo é absorvido no todo, em um mundo abstrato e infinito. Já a pintura Theo van Doesburg possui uma obra abstrata, objetiva, elementarista, informe, econômica, de planta livre, assimétrica, antidecorativa, anticúbita e aberta. O projeto Gerrit Thomas Rietveld, no período de 1888 a 1964 em que configurou um espaço dinâmico, aberto e neoplástico.
            Na abstração construtivista temos Kazimir Malevitch que constituem a abstração e da redução ao máximo, reduzindo a complexidade da realidade ás duas dimensões do plano. Seguindo o raciocínio de Malevitch temos Vladimir Tatlin que transferirá essa representação reduzida a realidade, acabando elaborando construções não utilitárias. A arquitetura construtivista é portanto composta por formas dinâmicas e matemáticas.
             As neovanguardas corriam de acabar num excesso de simplicidade, racionalismo e dogmatismo. As neovanguardas vão ser consideradas como a continuidade objetiva das vanguardas abstratas desenvolvidas em duas direções diferentes, uma processual e a outra relacionada a pesquisas cientificas.  Assim, ele dirá que o artista é como uma figura anônima, desconhecida perdida em um mundo abstrato.

2.3 Participação na exposição

Azulejo na exposição


2.2 Abstração Construtivista

2.1 Análise cromática do filme Alexandria

Esquema de cores no filme Alexandria

Grupo 1 de plástica. E-mail: arqeurb2011ufu@yahoo.com.br

Este exercício tem como objetivo a percepção dos esquemas cromáticos utilizados no filme Alexandria, lançado em 2009, dirigido por Alejandro Amenábar e protagonizado por Rachel Weisz. O filme retrata conflitos religiosos e filosóficos no período Romano/Egípcio e como um escravo do império se envolve amorosamente com a filósofa e matemática pagã Hypatia de Alexandria. Os jogos de esquemas cromáticos são elemento importante na construção de um longa ou curta metragem, sendo responsável por causar sensações e exprimir diferentes idéias a partir das cores dos figurinos e cenários.
Palavras-chave: Alexandria, Escala Cromática, Cores.

Color scheme in the film Alexandria

Grupo 1 de plástica. E-mail: arqeurb2011ufu@yahoo.com.br

This exercise is aimed at the perception of color schemes used in the movie Alexandria, launched in 2009, directed by Alejandro Amenabar and starring Rachel Weisz. The film portrays religious and philosophical conflicts during the Roman / Egyptian and as a slave of the empire has a love interest with the pagan philosopher and mathematician Hypatia of Alexandria. The games color schemes are an important element in building a long or short film, responsible for causing feelings and express ideas different from the colors of the costumes and scenery.
Keywords: Agora, Chromatic Scale, Color.

  1. Esquema Cromático no filme Alexandria
No filme Ágora as escalas cromáticas têm uma presença muito forte, marcando as fases pelas quais os personagens passam, buscando através de suas tonalidades, expressar a leveza e/ou tensão da situação, que pode ser identificada principalmente através da personagem principal.
Inicialmente são utilizadas cores terrosas e claras (indo do bege ao branco), já que a situação é estável, o poder político está sobre o controle dos pagãos e a protagonista, marcada por roupas extremamente claras, se encontra bem dando aulas.
Os cristãos e judeus são caracterizadas por roupas escuras, já que são os responsáveis por tentar impor seus dogmas fazendo uso da violência, gerando conflitos e guerras em busca da tomada de poder. Dessa forma, suas cores – que vão do azul marinho ao preto – buscam esse peso visual, representando a influência que terão sobre o rumo da história do filme e, principalmente, da protagonista.Um dos marcos desse conflito é a destruição da biblioteca de Alexandria, como forma de tomada do poder por parte dos cristãos, que se mostram como maioria.
Com os conflitos gerados, o poder pagão se vê obrigado aceitar o cristianismo e sua influência no poder, marcando uma nova fase na vida dos personagens. Para tanto, prevalecem os tons mais avermelhados e dourados para os pagãos, enquanto cristãos se mantém associadas à tons escuros e monocromáticos. Isso, consequentemente, marca também a nossa protagonista, que passa a usar tonalidades mais fortes como o vinho, de forma que esse peso visual – que contrasta com as tonalidades claras que ela usava no início– represente um momento de intensa dúvida, na qual ela não consegue desvendar a questão sobre o giro da terra em torno do sol, ao mesmo tempo em que se vê em um governo controlador e que suprime o papel da mulher (preceitos aos quais Hipátia era contra).
Por fim, os cristãos ganham ainda mais força e os pagãos são obrigados, não apenas a aceitar, mas também a aderir à doutrina cristã. Sendo isso contra os ideais de Hipátia, ela recusa-se a se submeter ao cristianismo, sendo, então, condenada à morte. Esse final, por sua vez, é marcado pelos tons azulados e escuros, buscando mostrar ainda mais a força obtida pelos cristãos dentro da história, bem como a trágica morte da protagonista.


Conclusão
De uma forma geral, a história começa com tons terrosos e claros, em que a protagonista é mais livre, e termina com tons azulados e escuros, no qual a protagonista é reprimida e levada à morte.




Escala cromática na fase inicial do filme


Dos Cristãos


Da fase final do filme / Morte da Hipátia


Da segunda fase do filme, Cristãos no poder


Das festas

Mudança de cores da Hipátia








1.8 , 1.9 , 1.10 e 1.11 Azulejos com esquemas cromáticos

1.8 Azulejo monocromático


1.9 Azulejo Análogo


1.10 Azulejo Complementar


1.11 Azulejo Tríade 



1.6 e 1.7 Paletas de cores secundárias e terciárias


1.6 Cores secundárias

1.7 Cores Terciárias

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1.5 Seminário cor-luz











1.4 Desenho de observação e estudo da maquete

Estudo da maquete


Desenho de observação




1.3 Fotografia maquete linha















1.2 Fotografia da forma tridimensional com linha